Especial: Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Autismo?? O que é autismo?? Autismo é um transtorno que aparece nos 3 primeiros anos de vida de uma criança. Mas o que é um transtorno? 



O termo "transtorno" é usado para descrever qualquer anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica e/ou mental, sem que haja uma repetição exata e igual em todos os casos clínicos.

O autismo se caracteriza por comprometer a linguagem (verbal e não verbal), a vida e interação social do indivíduo. 

Os pais e/ou responsáveis devem ficar atentos nos primeiros anos de vida. Geralmente, uma criança nasce apenas com habilidades visuais bem frágeis, mas elas sempre buscam o olhar de um outro que os guie e cuide. Isso desde o princípio, já no início da amamentação, o bebê escuta a mãe ou cuidador, sente seu cheiro, procura seus olhos, sorri com o som de sua fala que o impregna de desejo, que o faz sujeito desejado. O olhar é tudo que ele mais busca.

Nos casos em que se há algum tipo de autismo em desenvolvimento isto não acontece. O bebê não procura o olhar, não responde de nenhuma forma às investidas da mãe ou cuidador. Mas por que isso acontece?

Os fatores ainda não são conclusivos para nenhuma das ciências que estudam suas causas. Mas dentre eles se destaca a herança genética, segundo a Associação Médica Americana, que aponta que este fator é de 50% de chances, sendo que a outra metade dos casos pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação e outros. Tais como a poluição do ar, complicações durante a gravidez, infecções causadas por vírus, alterações no trato digestório, contaminação por mercúrio e sensibilidade a vacinas.


Crianças com autismo pouco buscam interação social, sentem muitas coisas, pois seus sentidos são aguçados e reverberam sons e acontecimentos por muito tempo, por vezes repetindo como um tipo de eco do que se ouve. Por isso eles não se incluem nos grupos, ainda estão absorvendo e "refletindo" tudo que lhes acontece, como se estivessem em um mundo pessoal privado aos demais. Um dos motivos pelos quais não usam algumas roupas que lhes dá coceira, ou até não gostam de barulhos, muitas pessoas ou mudanças nas rotinas, pois isso os deixa impacientes tentando "absorver" tudo que está acontecendo.

Recentemente, o autismo foi incluindo em uma nova classificação pelo DSM V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Recebendo uma nova nomenclatura: Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nele, outros transtornos foram englobados e fora colocado um tipo de escala, por assim dizer, que classifica de acordo com seus comprometimentos.

Os mais leves, no qual estão os falantes, até trabalham como uma pessoa comum no seu dia-a-dia, mesmo com seus comprometimentos. Mas Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado, pois evita contato físico por ser muito estimulante ou opressivo.

Os moderados, no qual se incluem os que executam algumas tarefas diárias com ajuda ou pouca ajuda, fazem uso de palavras, mas e numero menor ou apenas repetem os sons. Tem dificuldade com mudanças de rotina, mas ainda as toleram. Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água"), esfrega as superfícies, põe a boca nos objetos ou os lambe, parece ter um aumento ou diminuição na resposta à dor e repete as atividades executadas.

E os mais severos, que não emitem nenhum som ou apenas um número muito limitado, utilizando-se quase que unicamente com gestos. São quase ou completamente dependentes de seus cuidadores, não sabem lidar com mudanças de rotina, tem crises de auto e hetero agressão. Possui muitos movimentos repetidos.


Ter autismo ou TEA não indica que o indivíduo tenho baixo QI, pelo contrário, na maioria dos casos a inteligência e memória são fora do comum. Porém, em todos os casos, o que é importante saber é que, ao menor sinal que possa indicar autismo, deve-se procurar ajuda psicológica, fonoaudiológica, fisioterápica, entre outros profissionais. Pois quanto mais cedo for feita uma intervenção, melhor será a qualidade de vida do indivíduo, sua execução nas Atividades da Vida Diária (AVD), bem como em sua autonomia em geral.

Não há cura para o autismo, mas há cuidado. Saber é a melhor maneira de ajudar. Vale ressaltar que a atenção para os sintomas nos primeiros anos ou até meses de vida é também uma forma crucial de ajudar.